Deputado disse que foi atacado por um grupo de jovens em um voo da Azul, que saiu de Brasília para Belo Horizonte.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Pastor Marco Feliciano (PSD-SP), envolveu-se em uma nova polêmica na semana passada em um voo da Azul Linhas Aéreas, que saiu de Brasília no dia 8 de agosto para Belo Horizonte (MG). Conhecido por suas posições consideradas racistas e homofóbicas, o evangélico denunciou à Polícia Federal (PF) na última terça-feira jovens que estavam no avião por supostas agressões. Em ofício enviado à PF, Feliciano disse que foi ofendido por rapazes "com trejeitos aparentes de homossexuais" e pediu a abertura de um inquérito.
"Fui atacado por um grupo de rapazes que se portavam de forma deseducada e com trejeitos aparentes de homossexuais, com ataques a minha pessoa, inclusive, com contato físico me tocando, causando danos a minha pessoa, perturbando meu sossego. Ações desse tipo, em reação a minha atuação parlamentar, causam um grande mal à democracia em nosso País, e serve de mal exemplo para os jovens", afirmou o parlamentar no documento.
Após o incidente, Feliciano postou em sua conta no microblog Twitter que o grupo cantou a música Robocop Gay, da banda Mamonas Assassinas. Um assessor dele, que o acompanhava no voo, deu detalhes sobre o que considerou uma "falta de vergonha". "Sentamos e ficamos quietos, aí depois da decolagem, 2 deles vieram à nossa poltrona e cantaram a música Robocop Gay, dançando rebolando. Um deles com a câmera na mão filmava, enquanto o outro esfregava o bumbum no meu braço, e também o órgão genital, rebolando e cantando", afirmou o cantor Roberto Marinho.
"Para minha surpresa, os mesmos agressores, de forma acintosa, e certos da impunidade, postaram vídeo, gravado por eles mesmo na internet, vangloriando-se da agressão e citando a não ação da própria Policia Federal, como se vivêssemos num País sem lei, e que todos os passageiros do voo, seus tripulantes e o comandante fossem também obrigados a passar por esses riscos sem nenhuma reação das autoridades", concluiu Feliciano no ofício. A Polícia Federal não se manifestou sobre a denúncia.